Eventos Relacionados à Renda de Bilro
Cultura da renda de bilro é tema de documentário em três episódios
No dia 23 de março de 2021, aniversário da cidade de Florianópolis, a Base Cultural Produções Artísticas, em parceria com a Pulse Filmes, lançou um documentário em três episódios sobre a cultura da renda de bilro.
Os episódios estão disponíveis no Youtube e contam com uma média de 15 minutos cada. Intitulam-se “A arte de fazer renda me encanta, me fascina”, “Renda, valor cultural, valor econômico” e “Rendeiras, rendeiros. Uma arte sem preconceito”.
O projeto foi contemplado pelo prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2019/2020 e pode ser acessado aqui.
Evento: Renda-se à Moda
No dia 12 de julho de 2019 aconteceu mais edição do projeto Renda-se à Moda que valoriza e dá destaque para o fomento da cultura local da renda de bilro. O projeto é uma realização da Prefeitura Municipal de Florianópolis, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.
O evento contou com uma programação com oficinas de piques de renda de bilro, oficina de ponto básico de fuxico e a famosa Roda de Rendeiras e Ratoeiras. Nesta edição houve também oficina de artefato de bilro (confecção de bilro em madeira) e a oficina de almofada e piques de renda de bilro
Fonte: Revista Versar
Fonte: Revista Versar
Fonte: https://www.revistaversar.com.br/renda-de-bilro/
Palestra: ARTE DE MÃOS, com a professora Teresa Perdigão.
A Palestra “ARTE DE MÃOS, um olhar etnográfico sobre o saber-fazer das rendeiras da ilha do Pico (Açores)” ministrada pela professora Teresa Perdigão no último dia 19 teve foco na origem de diferentes rendas como as de Peniche, Bilro, Faial, e Pico, a mais abordada.
Originada na ilha de Pico (Açores) e muito semelhante ao familiar Crochê, a Renda de Pico se difere pela agulha que inicialmente era constituída por uma farpa. A prática era realizada quando as mulheres levavam o gado para pastar nas elevações da ilha, na maior parte das vezes se fazia necessário percorrer um longo trajeto e permanecer no local de pastagem aguardando a condução do gado de volta a residência, então, as mulheres passaram a realizar a confecção nesses locais. Juntamente com a linha e a agulha, levavam água para higienização das mãos e garantir que a renda sempre estivesse muito limpa. Não confeccionavam pra si mesmas, apenas para comercialização que era realizada pela mesma intermediária que fazia o fornecimento da linha.
Hoje em dias as Rendas são classificadas como Eruditas, Populares e Criativas, que são as mais comercializadas e que atualmente ilustram figuras modernas da ilha, como surfistas, ondas, guitarras. Tradicionalmente só consideram verdadeiramente peças de renda as que são brancas.
Atualmente as rendas produzidas em Açores recebem um certificado de autenticidade que assegura o comprador de que não houve falsificação, o que não acontece em Florianópolis. Segundo a Profª Teresa Perdigão, seria interessante que tanto as rendas de Açores como de Florianópolis fossem consideradas patrimônio material, até mesmo foram comentados casos durante o debate, em que peças de rendas de Bilro compradas em Florianópolis estavam sendo comercializadas no exterior como tendo sido confeccionadas em outros países.